Gostaria de poder escrever uma poesia para afugentar a dor.
Que transformasse você aqui em feriado,
chuva em sol-se-pôr,
engodo em simples sorriso.
Queria ter aquela habilidade de poeta
capaz de trazer rosa e desmembrar em amor;
que ultrapassa limites, barreiras, medos.
Que pega gato, sapato... e transfigura flor.
Gostaria de poder cantar você.
A melodia fantasiosa do seu rosto,
o gosto de te ter aqui, ao meu lado.
O meu turismo pelo teu corpo-paraíso.
Porém, é impossível para mim
meramente humana, tão descompassada.
Falar de algo assim tão meu,
dessa forma vulgar, pequena, compassiva.
Decido, então, que tal poema não existe.
Esse de aliviar a dor, de cantar pro poeta.
O que tem aqui é muito maior, e me livra muito mais da dor.
É o teu sorriso, amor.
Então deixa ele aqui comigo? É que hoje eu queria tanto voar...
sexta-feira, 20 de março de 2009
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