segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Escrevo porque é a única forma que eu tenho pra me expressar. O tempo passa, ela não chega e ele acabou de ir. Um dia-sorriso é algo mesmo surpreendente, ainda mais pra mim, desassossegada pelos outros; alguém de tanta cabeça que esquece da sua pela dor que dá carregar mais cinco consigo.
Mas é porque agora eu sei achar saudade uma coisa grande, gorda e bonita, e ela nem machuca mais, não. Ela faz sorrir por ter de quem senti-la, sabe. É, eu sei. Você tá aqui na minha cabeça, você faz mais parte de mim do que eu mesma, e isso me assusta de um jeito tão seu que eu só consigo sorrir e suspirar de tanto medo.
Agora você deve estar no meio do caminho, indo pra uma casa que é sua, mas que não me tem nela. Então me diz que essa sua casa aí é temporária, tá? Por favor, eu mereço ouvir um sim. é que daqui eu sou útil pra algumas pessoas, algumas coisas, mas não pra te afagar até dormir e depois te cutucar por estar roncando, ou pra fazer aquele sonzinho se assopro nos teus ouvidos quando você estiver com a mais funesta das insônias.
Desgraçada, sim, por me privar do teu sorriso dorminhoco, do teu ronco confortável e da minha dubialidade.
O telefone tocou e agora eu consigo dormir. Sleep tight, sweet prince.

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