quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pra viver.

Senta aqui, vamos tomar uma cerveja e falar sobre o nosso amor. Eu canto Rita Lee sussurrando no teu ouvido. Violão, cheiros e cores e tudo. Fica mais um pouco, vem, olha que eu to até dançando, vai me fazer dançar sozinha? Quanto tempo a gente tem? Aproveita comigo os segundos... Meu bem, você me dá água na boca.
Tem que trabalhar, né não, meu nego? Tudo bem, te espero dormindo de mentira, adoro acordar com mordidas na orelha. Você é muito complexo, mas tão simples de entender. Basta saber ler os teus olhos negros, que são de ti por culpa da tua mãe, pra saber que ao chegar, você vai querer colo e um cigarro aceso.
Traz pra perto de mim a tua boca de sorrisos e curvas musicais que fazem malabarismo com as minhas feições. Deixa eu te apertar a nuca e forçar o cheiro dos teus cabelos a me impregnar a mão. Te observo. Não pisco a uns bons segundos, e acho que meus dentes amarelados já estão até secos, de tanto sorrir.
Vamos fazer esse verão ter história, vamos fazer os escritores terem um tema todo novo pra dissertar sobre. Se você não vier logo eu quebro todos os relógios dessa cidade, pra não ter mais que ficar contando cada milésimo de não-segundo que você fica, teimosamente, longe de mim.
E olha, é bom que você leia muito bem as palavras que eu vou dizer aqui: existe dentro de mim um amor capaz de atravessar uma ponte de olhos fechados por você. Daqueles que faz milagres, que transforma imaginação em casa e dia-a-dia em saudade. Vivenciar saudade e devanear uma casa branca com duas pequeninas correndo no jardim?
Você consegue perceber? Isso é vida.

2 comentários:

Felipismo! disse...

Vou pôr elas no sofá macio pra assistirem algum clássico Disney, enquanto isso aproveitamos e reinamos num conto de fadas no quarto antes de eu ir trampar. :~

tai nascimento disse...

quero dizer essas palavras por ai.
;~~