É bem irônico como pessoas diferentes conseguem ser tão iguais. Sabe, essa não é a primeira história sobre decepções vindas da falta de respeito proveniente de pessoas que não sabem amar que ouço esses dias.
O que faz mal nem é que vocês terminaram com elas. Elas, as minhas meninas, têm aparência frágil, delicada, são pequeninas como um botão de flor. Mas sabem se proteger, ô se sabem. Já foram tão logradas e espancadas na alma que aprenderam, assim mesmo, na marra, a esperar tudo de todos.
Mas vocês eram especiais pra elas.
Pra mim, bem... Eu, talvez por não estar encantada, talvez por simplesmente não querer mesmo saber dos respectivos relacionamentos por outras bocas, acabava sabendo tudo de ruim que vocês proporcionavam com as minhas bonitas.
Eu digo, em alto e bom tom: vocês não as merecem. 'A' não merece 'T', assim como 'T' não merece 'J', e quem entender entendeu. Já não importa, visto que estamos aqui, totalmente atordoadas. Elas por amarem demasiadamente alguém que conheciam errado, eu por não saber o que dizer, ou fazer.
Gostaria que vocês lessem isso. Gostaria de ter o poder de fazer as minhas palavras ressoarem nas suas cabeças, mas sem sair de lá. Gostaria que elas ficassem presas e fossem, vagarosamente, absorvidas e aceitas, assim como uma nova cor na parede da sala de jantar.
Mas quem sou eu, né? Pra uma sou desconhecida, pra outra, pode-se dizer que também, porque por mais que eu já tenha dividido um quarto, um computador ou uma cama-banheiro, parece que só pra mim isso tudo fez efeito, ou mesmo, teve um sentido e importância.
Quero aclamá-las. Quero um estádio inteiro, lotado com a torcida do Flamengo, aplaudindo as duas de pé, porque eu realmente acho que um crime desses vale o tamanho da ironia que proponho. Eu amo as pessoas que vocês magoaram, e sei muito bem que a simplicidade de um término de relacionamento-sem-certeza à distância não as afetaria tanto quanto a decepção que sofreram com vocês.
Uma por ser trocada, e descobrir de toda a trama sozinha;
a outra por ter-se esquecido de si e dos tão preocupados conselhos que lhe foram dados.
E tudo, tudo isso, por duas pessoas ingratas, sem coração, que não sabem amar. Seres sem mãos, carinho ou piedade, corajosas o suficiente pra enganar corações abarrotados de sentimentos bonitos, mas tão medrosas que chegaram a isso. Viraram decepção. A boa e velha, melhor professora de todas.
Mas o maior dos desejos, sinceramente, era que hoje fosse apenas primeiro de abril. Que você não tivesse realmente apagado todos aqueles e-mails, e você não a tivesse feito de idiota. Adoraria, mesmo mesmo, que vocês duas aprendessem a parar de olhar inteira e unicamente pros seus próprios umbigos, podendo apreciar a beleza do amor que o umbigo dos outros poderia lhes proporcionar. Que vocês soubessem amar. Que vocês coubessem na capa capenga que tentaram - sem sucesso - criar pra si mesmas, e pro resto do mundo.
Ao final, tenho pena de vocês. Não só das duas, mas de todas vocês, pessoas pequenas, sem asas, que caçoam de quem ama dessa forma.
Sim, pena... O pior e mais vazio dos sentimentos. Um poder sem poder, é assim que ela é, a pena. Decido tomar-me desse sentimento, talvez na esquiva de outros piores, maiores e mais doloridos. Prendo-me por aqui. Na pena. Por um lado tão leve, por outro tão feia. Mas não, pra mim não. Pra mim, apenas pena. Leve e feia, pra vocês.
Feliz primeiro de abril.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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1 comentários:
sim, a gente se complementa. e você? você é paz em mim. obrigada por isso e por tudo mais.
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