Sentada aqui nessa imensidão verde. Ou deitada, tanto faz, tudo agonia; é só que deitar não me dói nos ossos. Mas e daí se eles dóem! Danem-se todos, o cox, a tíbia, a fíbula ou o fêmur, que vá pra bem longe todo o esqueleto, toda a matéria, e deixe aqui só a alma, que é pra eu ver se a dor também...
Não, não vai, eu sei que não.
Tenho aqui comigo um livro e muitos cigarros. Tenho, também, o canto dos passarinhos e o barulhinho doce dos pés esmagando as folhas secas desse outono azedo da falta de voce, e da ausência do teu olhar.
Ai, amor, aiaiai, como diriam os meus pequeninos. Por onde é que você anda, e porque esse lugar teima em ser sempre tão longe de mim, do meu enevoado ser, agoa sem corpo e só de alma - da tua alma.
Vem me trazer a paz do teu cheiro, que é meu e que eu nunca senti, mas que imagino ser branco como o perfume de um jasmin.
Meu amor, meu amor, meu a...r... meu ardor.
É como se te esperar fosse esperar a vida começar a acontecer. Como se teus pés fossem meus e os teus fossem meus e eu não soubesse enxergar sozinha sem te ter aqui. Você, claro, e esses pés miudinhos e mordíveis que você tem. Ou que eu tenho, mas que nunca vi, só senti.
Sentir.Sentir.Sentir.Sen-tir.Sem....ti.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
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2 comentários:
i'll pretend that i'm kissing the lips i'm missing and hope that my dreams will come true. while i'm away, i'll write home everyday and i'll send all my loving to you.
Não gostei da parte dos muitos cigarros, ainda fumas desse jeito?!
-falomemo
Bjs.
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