quinta-feira, 27 de maio de 2010

E a tua mente, não.

Hoje imaginei a nossa casa. Ela seria pequenina, assim. Um quarto, uma sala, cozinha e banheiro. Toda branca, com móveis de cor escura e imagens idolatrando pelas paredes. Caetano, Chico, Caio e outras letras, estaria todo mundo ali, meio que aplaudindo, acompanhando e narrando nosso amor.
Na sala teria um sofá não muito grande, mas macio como só a tua pele deveria ser. Uma mesinha de centro com cinzeiros transbordando, garrafas jogadas, livros abertos, memórias de amor.
Na cozinha um balcão, fogão e uma geladeira. Ela pode ser roxa, amor? Sempre quis uma geladeira roxa. Dentro dela pode ter muitas coisas vermelhas e amarelas? Eu deixo ter as tuas coisas verdes e azuis, também. A gente divide, sempre divide, e mistura e confunde e se perde.
No quarto ia ter uma cama. Não precisa ser grande, só que tenha um edredon todo branco e que caiba nós dois juntos embaixo dele. Uma televisão pra gente ver corações vagabundos, diários, amores, danças, música e tudo que emociona e a gente tanto ama. Seria cheio de roupas pelo chão, e de mim e você por todo lugar.
A gente traria os amigos pra ouvir e beber algo conosco, e eles iriam admirar tudo com olhares fascinados e invejinhas da cor da nossa geladeira. Traríamos Mariana e ela adormeceria de tanto brincar, assim, na cama entre nós dois. Aos domingos poderíamos acordar tarde e cozinhar juntos ouvindo Beatles, ou qualquer coisa que você queira, eu deixo.
Mas por favor, por favorzinho, divide essa casa comigo? Não quero mais sonhar só, não.

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