domingo, 30 de maio de 2010

Preciso dizer.

Pra você eu ofereço uma casa entre vértebras. Aconchegante, toda vermelha, onde ás vezes toca samba e outra roque, tá sempre pulsando de amor. Aqui você viveria ás minhas custas, aos meus cuidados e chamegos. Seria tão sua quanto minha, uma geladeira roxa, muitos sonhos a conquistar, festivais de sorrisos, abundância de nós.
A única pessoa que mora aqui permanentemente é você, mas não se preocupe com a solidão não, meu amor, que deja eu te protejo. Quando ela assustar muito, te coloco numa caminha feita pelas minhas mãos só pra você, e canto Cazuza até você dormir, fazendo cafuné na nuca, aliança no dedo anelar, tatuagem em alemão no pulso.
Deixo você se esconder em mim, se puder fazer o mesmo. Te sou casa, coração, te sou música e filmes, mãe, avó, mulher da tua vida. Mesmo que você um dia desista dessa loucura sadia, aqui já tá tudo em construção daquelas que, se tiver que parar, algum dia será retomada, melhorada, enfeitada e refeita.
Eu te amo, bichinho. Agora vem dormir e desliga essa luz amarela que me cega refletida nos teus olhos...

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